Tira-me o folgo. Prende-me o peito e impede-me de o acto mais subtil … respirar! Faz-me desejar viver noutro corpo, outra vida, por um dia, uma hora ... ou apenas um segundo. Não procuro, mas sempre actos como esses acabam por sempre me encontrar, balançando a estabilidade que construo. Não me sinto segura, nem quatro paredes de betão protegem tão frágil coração, que se desvanece nas agrestes palavras que citam, as quais eu me obrigo a ouvir, a atentar em frases que mesmo não querendo escutar abrem-me os olhos para a realidade que não desejo … aparente realidade... ou talvez não. De qualquer forma, não desejei bis dessa canção, não anseio ouvi-la novamente, muito menos viver de novo tão tristes dias. Sei que dessa realidade não posso fugir, mas haverá de facto motivos para querer fugir? Por enquanto permaneço aqui, vivendo a realidade feliz e tranquila que escolhi, até que a vida mude, tudo sempre muda e eu mudarei também.