terça-feira, 24 de novembro de 2009


Corre veloz o tempo. Meu corpo suspende-se na frieza da brisa no espaço. Sem chão, sem ar nem beira. Transformado em marioneta sem fios, sem comando, sem vida. Minha alma flutuante num corpo suspenso, rompe o futuro e de novo se encontra em desencantos breves.
Todas as direcções difundem-se no fundo de um lago azul, nele mergulho meu ser, de amar o inundo. Lavo a alma e a esperança, na ânsia de poder reaver a juventude de uma paixão renovada e forte. Silenciosas verdades flutuam, seguindo o balançar das águas. Tudo se revela, claro e transparente, e nossos corpos dançam, devagar, numa última dança, movem-se na esperança de ver brotar nos corações uma renovada esperança. Buscam no tempo o paraíso, nas vestes os toques, no ar a magia, resgatam do coração os motivos, as origens de um amor que existe, mas vive perdido. Talvez meu olhar e alma ainda vivam sonhando. De novo, é tarde e estou só.
Repela-se meu ser, num arrepio tua essência percorre meu corpo, semeia a saudade. Vivo na quimera de um sonho e dele faço a realidade falaz em que me exprimo. Só desembarco, a minha única bagagem carrego-a no peito.

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