Sei tão pouco de ti, e de mim perdida em ti é pouco do que sei. Se pelo menos pudesse fazer desse desejo coisa pouca, na ânsia de me soltar desses laços que me prendem, mas como se não bastasse esse desejo é tanto, és tu, queimando no meu peito, na minha garganta ao dizer teu nome, rasgando os meus entontecidos sentidos. E sou eu, balançando entre nada e pouco, entre nada e tanto, deste lugar que tem ainda singela forma do teu corpo. E o teu cheiro? Esse que não desvanece com o tempo, que me assalta a alma ao adormecer, essa fragrância que entranha na pele, nas veias, … nos sonhos. E essa saudade já tão minha, tão pesada, que arde cruelmente e lentamente no peito, mais viva do que eu própria, corrói meu ser, já ele tão exíguo.
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