sábado, 20 de fevereiro de 2010



Achei em tempos que seria fraca se desistisse, hoje sei que fraca fui por me agarrar a essa tão doce ilusão, a desejos sem fundamento, e fraca na verdade sinto-me agora perante tal realidade indesejada, que não traz nada de novo, e me atira a esse jogo da tristeza dos dias, vou tentando sobreviver. Era inevitável que assim fosse, sempre o soube, deixei para viver mais tarde tal realidade amarga, e este é o momento, enfrento -a sem outra qualquer saída, até porque é tempo de me obrigar a isso. É tempo de matar essa esperança que não nos salva, apenas nos mata. “Haverão dias melhores” bem sei, mas essa luz ao fundo do túnel não cobre ainda meu rosto, não toca ainda meus sentidos. Vejo alegria no rosto de quem bem me quer e me rodeia, mas na verdade nada sinto porque me entregara a essa paixão desmedida, sem alegria, e assim tão igual a ela, me sinto: sem vida!










Sometimes everything is wrong

domingo, 14 de fevereiro de 2010


Essa realidade, nossa em tempos, continua tão presente como se ainda pudesse saboreá-la, e a saudade resume hoje todas as horas desses tempos em que tudo parecia tão certo. Parte de mim, a mais razoável talvez, consciencializa-me do quanto é tarde e do quanto a distância impôs seu forte reinado entre nós. A outra, continua a desejar-te sem fim, sem razão, faz das vontades esperanças e vivo dessa imensa ilusão de te ver voltar em breve. Na verdade eu sei quão ilusória essa realidade do teu regresso pode ser. Não me queres perder, mas não sabes me ter. A intimidade que atingiu a nossa relação foi o verdadeiro motivo da tua partida, esse medo estranho de te envolveres, de te dares como se te fosses perder, sem saberes que perdido já vives nesse labirinto de dúvidas a que chamas vida. És o ser mais racional que conheço, e admiro por vezes essa capacidade fria de descartar os sentimentos. Nunca soubeste dar, nunca deste sequer metade do que recebias, de alguma forma durante a tua existência algo te roubou tal dom básico, e tantas dúvidas, tantas incertezas não te deixam ver o quanto a tua ausência afecta e transtorna tal coração. Eu sei que vives de tempo contado, e dessas contas pouco ou nada resta requer para lembrar que existo, que um ser te espera, te lembra a cada instante, a cada passo que dás, que por ti chora enquanto tu tranquilamente adormeces. Aí percebo como diferentes são os mundos em que vivemos, como somos nós tão diferentes, eu ingénua apaixonada sempre disposta a dar-te este mundo e o outro, e tu um eremita cerrado entre muros de betão, sem qualquer brecha, afastando quem te quer tão bem. E acredita que te quero bem apesar de todas as dores a que me obrigo por ti, mesmo quando o teu silêncio é o único som que ouço durante horas, dias, semanas, a única melodia que me embala e com a qual adormeço. Nem esse desprezo frio a que me vou habituando desvanece a tua imagem. Eu sei o quanto é irónico desejar tanto alguém que ignora até a minha existência. Continuo a preferir acreditar que a qualquer instante romperás este silêncio, este vazio que se acomodou a este meu peito, espero esse dia mais do que qualquer outra coisa, embora saiba como triste e vã poderá ser a minha espera, e como horrenda poderá ser a minha queda. Enquanto houver amor, haverá esperança.



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


Há uma parte de mim que vai esperar por ti sempre, para sempre, porque acredites ou não és tudo aquilo que quero, isso não vai mudar ao longo da minha vida, mesmo que não te volte a ter, algo em mim espera te sempre, seja como for a vida continua ..

sábado, 6 de fevereiro de 2010



Thank you, terror
Thank you, disillusionment
Thank you, frailty
Thank you, consequence
Thank you, thank you, silence

How 'bout me not blaming you for everything?
How 'bout me enjoying in a moment for once?
How 'bout how good it feels to finally forgive you?
How 'bout grieving it all one at a time?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Aos poucos a vida leva aquilo que deixaste aqui, em mim, o que esqueceste de levar quando decidiste partir. Nunca entendi esse desejo eminente de liberdade, mas quem era eu para te cortar as asas quando o teu único desejo era ser livre. Meses depois ainda sinto a tua falta, como se tivesses partido ontem. Meu peito ainda inundado nesse encanto ao qual me rendi, prende-me a ti e a este lugar. A tua presença não é agora física, mas permaneces no meu pensamento, no meu coração, esquecer-te não é o que quero, mas o que necessito...

Assim saíste da minha vida, sem aviso prévio, e sem saber vi-te pela ultima vez no meu quarto, e até na minha vida.




terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

~
“Os ventos, que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar... Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi tirado e, sim, aprender a amar o que nos foi dado...Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre!“

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010


'Alguma coisa sempre me traz de volta a ti. Nunca demora muito. Não importa o que eu diga ou faça eu ainda te sentirei aqui até o momento em que eu partir.Tu seguras me sem o toque. Tu prendes me sem correntes. Nunca quis nada tanto quanto afogar em teu amor e não sentir a sua chuva. Liberte-me, deixe-me estar. Eu não quero cair mais uma vez na tua gravidade. Aqui estou e eu estou elevada da maneira que deveria ser. Mas tu estás dentro de mim e ao meu redor. Tu amas me porque sou fraca, quando pensava que era forte. Mas quando tu me tocas por alguns instantes toda a minha força frágil se acaba. Eu vivo aqui de joelhos, de maneira a fazer te ver que tu és tudo o que eu penso precisar aqui no chão. Mas tu não és nem meu amigo e nem meu companheiro, no entanto eu não pareço conseguir deixar te partir. A única coisa que eu ainda sei é que tu me manténs pra baixo (depressiva). '

Sara Bareilles - Gravity