Sometimes, when I look deep in your eyes, I swear I can see your soul. (RA)
quarta-feira, 31 de março de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Não! Não é teu nome que ele agora apela, esse frágil coração que triste abandonaste. Que se feche o livro que conta essa história, que se preserve todas as imagens, todas as palavras entorpecidas, e que o tempo caia sobre ele e desvaneça as páginas, e desfaça essa esperança já tão exígua, que essa morra com a saudade. Desbastam-se os silêncios. Termina a longa espera.
Despeço - me sem tristeza, e na certeza de que nada ficou por dizer.
Despeço - me sem tristeza, e na certeza de que nada ficou por dizer.
domingo, 21 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
No calendário traça-se mais um dia, menos tempo fica para viver os sonhos que se empilham, e esse tempo que passou tão lentamente permite de forma atroz o acumular dessa saudade neste peito tão cheio de coisa nenhuma. A estação muda de novo, a vida renova-se, o último gelo derrete, a paisagem abandona o desconsolado cinzento, tudo ganha uma nova vida, nova forma, revigorando-se as esperanças tocadas agora pelos agradáveis mas ainda fracos raios de sol. Aqui dentro ainda se vive esse passado cru inverno, na sombra dos dias melancólicos a vida encontra-se ainda em suspenso. No interior ainda reina o tempo de espera, da desilusão de quem sabe que espera em vão, sem esperança. O olhar é o único onde ainda se amparam as esperanças de um dia tocar o intocável, o intangível, de contemplar para além das formas gélidas e rudes da verdade, roçar os limites do possível, talvez do impossível, tocar a tua alma, tão remota que me leva a duvidar da sua existência, fazendo me acreditar que és apenas tu, um corpo sem fundamento, balançando moribundo levado pela corrente da vida, sem opção, sem escolha, tão sem vida.
sexta-feira, 19 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Sei tão pouco de ti, e de mim perdida em ti é pouco do que sei. Se pelo menos pudesse fazer desse desejo coisa pouca, na ânsia de me soltar desses laços que me prendem, mas como se não bastasse esse desejo é tanto, és tu, queimando no meu peito, na minha garganta ao dizer teu nome, rasgando os meus entontecidos sentidos. E sou eu, balançando entre nada e pouco, entre nada e tanto, deste lugar que tem ainda singela forma do teu corpo. E o teu cheiro? Esse que não desvanece com o tempo, que me assalta a alma ao adormecer, essa fragrância que entranha na pele, nas veias, … nos sonhos. E essa saudade já tão minha, tão pesada, que arde cruelmente e lentamente no peito, mais viva do que eu própria, corrói meu ser, já ele tão exíguo.
sábado, 13 de março de 2010
"Era eu a convencer-te de que gostas de mim,
Tu a convenceres-te de que não é bem assim.
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.
(...)
Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxares-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam,
Ao silêncio dos lábios que nos mata.
Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.
Não nos tocamos enquanto saías,
Não nos tocamos enquanto saímos,
Não nos tocamos e vamos fugindo,
Porque quebramos como crianças.
(...) "
sexta-feira, 12 de março de 2010
Que golpe baixo, pérfido o teu, mexer desmedidamente comigo e romper esse silêncio que na verdade tu próprio susténs. E tudo apenas e só com o intuito de te certificares que não te esqueço, como se o tempo fosse a borracha da vida, não sei o que leva as pessoas a acreditar nisso.
A ti me obrigas, me empurras sem força dos teus braços para teu peito, me devolves a tristeza que repugno.
Que viagem sem destino, sem sentido embora.
Sendo tão tua, tão pouco me sinto.
Talvez por isso sejas tanto, como um poço sem fundo que tento alagar até ao topo de sentimentos que a vida não te concedeu.
Um amor, tão sem medida, tão sem porquê, e talvez sinta tanto assim por desconhecer a medida daquilo que sinto. Se na vida tudo tem limites, porque é que a vida não estabeleceu um a este?
Tanto se resume a nada, é a esse nada que me entrego na verdade, no frio dos dias, na solidão das noites, como se tudo fosse.
E por nada espero, e quem por nada espera … na certeza nada encontra.
domingo, 7 de março de 2010
Ainda lembro o dia em que ela entrou, essa a quem chamam saudade
(nome tão subtil para tão devastadora emoção).
Estranhamente tinha o teu perfume, veio embalando a minha noite, mais tua do que minha na verdade. Sinto-me assim, sou um ‘eu’, pequeno e frágil por fora, e um ‘TU’ por dentro, imenso e persistente.
Subscrever:
Mensagens (Atom)