domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
Todas aquelas lágrimas ontem
Elas não lavaram a dor
Tão antiga e ultrapassada
Aquelas lágrimas foram para ti
Não digas que me amas de novo
Só porque tu vês o fim
Não aja como se tu pudesses
É tarde demais pra fingir
Eu nunca quis destruir as nossas ligações
Mas estou tão cansada
É tão difícil ir embora
Mas não posso desejar por ontem
Eu não quero te perder
Mas é tão difícil quando tu nem te importas
Nosso amor era encantador
Agora não é digno de salvamento
Algo me diz que tu nem te importas
Tu não te importas mais
Algum dia em breve tu entenderás
Ninguém para segurar tua mão
Quando somente a solidão for tua amiga
Não estou a dizer que não haverá
Outro tempo para tu e eu
Não quero deixar o amor morrer
Não quero deixar que me magoes de novo
Algum dia quando estiveres contigo próprio
Quando não houver mão para segurar
Tu pensarás em mim
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
"(...) Há pessoas que entram em pânico quando são obrigadas a lidar com a realidade das relações amorosas e tu és uma delas. O teu labirinto não te permite deixar que aqueles que te amam se aproximem mais do que aquilo que consideras seguro para ti. És um eremita por natureza e por escolha própria. E acredita que sei que, no fundo, até és feliz, ou pelo menos vives momentos de grande tranquilidade, sozinho, habituado apenas à tua presença, ao teu cheiro, aos armários cheios com a tua roupa. Precisas tão desesperadamente de silêncio como eu de palavras. Por estes e por outros motivos, vou-me apercebendo cada vez mais de que somos - ou estamos - diferentes. O teu medo quase letal perante a viabilidade da nossa relação assustou-te de tal forma que me fechaste a porta na cara várias vezes, embora depois não resistisses a voltar. Agora sou eu que não resisto a fechar-ta na cara, com toda a força que tenho e com toda a veemência que sinto. Quando batemos com a porta, também é para nós. Precisamos que se abata sobre a nossa consciência esse estrondo final, como qualquer coisa de grandioso que se quebra, um enorme edifício que implode.
É fundamental bater com a porta, e com quanto mais força, melhor, principalmente se já levámos com ela na cara (...)"
Margarida Rebelo Pinto, in O dia em que te esqueci
sábado, 23 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Sinto a tua falta, sentirei a cada passo que der, a cada pulsar do coração. És o único que procuro, em cada rosto que me cruzo … a distância faz-me achar-te miragem, fruto do coração, de desejos sem fim. És tu quem eu quero, nunca foi diferente. Desejava apenas ter-te aqui, por uma noite, dizer-te tudo o que desesperadamente guardo, e é tanto, mas tão pouco para o que sinto.
A verdade é que espero um regresso teu, numa simples palavra, um subtil gesto … Procuro-te em tudo o que ainda guardo, que é quase tudo dessa história, não há motivos que me façam ver o porquê de teu corpo manter esta distância infinita… na verdade tentei arrancar-te de mim, mas tu já vives no meu sistema sanguíneo, não há nada agora que possa fazer.
Mesmo que teus desejos já não tragam meu nome, mesmo que a minha existência não te marque mais como em tempos marcou, ficou tanto de ti aqui em mim, como cicatriz que fará para sempre parte do meu corpo, da minha alma.
Mas tenho-te a dizer, cansei desse jogo malicioso, vicioso a que me obrigas para te ter, cansei de me pisar para chegar a ti fazendo de minha alma degrau estilhaçado para no fim de contas bater de frente com a tua indiferença, essa máscara que insistes em vestir para esconder os teus medos, as tuas fraquezas, o receio de te dares e mais que isso o medo que tens de perder, de me perder. No fundo eu sei, porque sinto que sentes mais do que mostras, do que na verdade não mostras, e guardas contigo, o que tens medo de perder ao dar-me. Aprendi a desvendar-te com rosto húmido, com coração aflito, com a alma inquieta, assustada. Nada perdi, porque pouco me deste, preferiste esse guardar, entulhar-te de sentimentos, e para quê? Para quê marcar de dor meus dias e os teus? Para quê adiar o que ambos desejamos para hoje? Enquanto tu esperas, eu vivo …
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Se eu tivesse implorado ou chorado
Isso mudaria o céu esta noite?
Isso me traria alguma luz?
Devo esperar que ligues?
Há alguma esperança disso acontecer?
Estás a deixar,-me de lado?
Quando eu penso nisso tudo,
Eu percebo que eu nunca estive lá,ou me importei
Quanto mais eu penso nisso,
Menos eu fui capaz de partilhar isto contigo,
Eu tentei te alcançar,quase te sinto
Tu estás tão perto daqui
E aí tu desapareces
E quando eu minto para mim mesma,
Eu vejo o teu rosto e ouço a tua voz
E meu coração fica com esperanças
E o momento chegou, o momento passou
Se isso é bom, tem que durar
Isso parece tão certo...
(...)
Eu perdi todos os sinais,
Cheguei depois da hora´
(...)
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Nada chega ao fim enquanto na memória os momentos permanecerem tão vivos, tão fortes que ainda me façam sentir o cheiro do teu corpo, a palma da tua mão confortando meu rosto, a maciez dessa doce pele, e o timbre da tua voz. Enquanto as lágrimas cobrirem meu rosto esse sentimento vive, mais puro, mais forte, mais real … mas tão mais doloroso. Da paz fez-se guerra no meu peito abandonado, meu corpo pesa chumbo, e a alma a ele se prende. A incerteza é o pior dos estados, o silêncio torna-se a pior voz, traz as frases mais penosas de se ouvir, inquieta os pensamentos, esses os únicos companheiros de todas as horas. Faz-me voltar … ou volta, se na verdade foste, e deixa-te ficar por aqui, deixa o solo gravar tuas pegadas, deixa os objectos ganharem teu cheiro, para que durante a tua ausência te sinta perto, deixa me acreditar que momentos assim se eternizam.
(M)
Barco que afunda ninguém resgata, ninguém reconstrói,
Permanece nas sombrias profundezas e aí
O tempo corrói, destrói, apaga!
O tempo é mesmo assim,
Mais cedo ou mais tarde leva o que a nossas mãos um dia trouxe.
Porque na verdade nada nos pertence de facto!
Mas aos poucos a vida se refaz,
Os sorrisos voltam,
A solidão deixa de ter peso,
E a liberdade passa a elevar teu corpo à maior tranquilidade.
Observo as minhas mãos e vejo-as encherem-se de nada,
E é esse vazio que me permite (re) começar,
Escrever novas historias, desenhar novos sorrisos,
Sentir novas emoções, e na verdade tudo é novo!
O passado torna-se só e apenas uma mera cicatriz em meu corpo,
Ferida sarada,
Desse amor …. Desse nada …
(antigo)
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Não poderia ser diferente mesmo que o desejasse. Mesmo para desejos já não existe espaço neste lugar extinto. A verdade? É tarde demais para voltar atrás, e talvez não o deseje. Desejaria apenas poder desejar algo diferente, ou talvez que não houvesse tempo passado a fim de não desejar a ele voltar. Longe dos desejos, os dias enchem-se de tranquilidade, é apenas aí que quero permanecer agora. Porque insistes em quebrar as minhas forças? O tempo que criei para mim extingue-se com o som da tua voz … mas … não é suficientemente forte, nem os meus desejos o são.
domingo, 10 de janeiro de 2010
O silêncio amadurecia o momento, a tua cabeça permanecia sobre o meu ventre enquanto delicadamente te acariciava os cabelos. Deitados num banco de jardim contemplávamos o céu. Mas nem o céu mais estrelado preenchia o meu olhar como teu rosto preenchia naquele momento.
Mil emoções e um sentido, um motivo.
Numa noite ao luar, 29.08.09
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Margarida Rebelo Pinto
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Não consigo sequer entender porque ainda manténs vivas essas saudades, essa vontade que arrasta meu corpo a teus pés …
mesmo que não saibas ainda por ti sinto, ainda por ti espero.
Em cada esperança cravo teu nome, leva-as o tempo, o vento,
talvez um dia elas te encontrem,
talvez um dia te tragam de volta …
embora sinta que na verdade nunca foste.
06.01
"Ai essa saudade no meu peito
Esse vazio de você
Ai esse meu jeito meio feio
De não saber lhe perder(...)"
(Life has its moments ...)